Cinema Yanomami é destaque no 12º Olhar de Cinema com o curta “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”

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Curta-metragem de cineastas que fazem parte do coletivo de comunicadores Yanomami terá duas sessões no Festival Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, sendo uma no Cine Passeio e outra no Cineplex Batel

 

De 14 a 22 de junho, a 12ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba ocupará salas de cinema da capital paranaense com um total de 87 filmes, entre curtas e longas-metragens, que fazem parte de 10 mostras no evento. Entre as produções, estão algumas com a temática indígena, entre eles “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, dirigido por cineastas que fazem parte do coletivo de comunicadores Yanomami, criado em 2018 pela Hutukara Associação Yanomami com apoio do Instituto Socioambiental. Assinam a direção do curta-metragem Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami, com produção da Aruac Filmes, por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. A estreia do filme no Olhar de Cinema ocorreu na noite do domingo (18), e no dia 20 de junho, às 17h, no Cineplex 4, no Shopping Novo Batel, está agendada mais uma sessão.

O curta brasileiro “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, que integra a Motra Competitiva Brasileira, tem duração de 9 minutos e imerge os espectadores em uma experiência ao povo Yanomami, apresentando uma mulher que observa e reflete sobre um tradicional fazer xamânico, em que a imagem representa o seu olhar e o som representa sua consciência. Ela se debruça sobre o preparo da Yãkoana, um pó alucinógeno oriundo de uma planta que, ao ser ingerido, tem o poder de alimentar espíritos e proporcionar novos saberes. Em seu canto, a mulher observa e questiona o passo a passo do preparo do xamã, reflete sobre como seria a sua própria experiência ao inalar a “Yãconana”.

 Aida Harika e Edmar Tokorino são cineastas Yanomami que residem na aldeia de Watorikɨ e Roseane Yariana na aldeia Buriti, Demini, Terra Indígena Yanomami, localizada na Amazônia Brasileira. Além de “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, eles também dirigiram em conjunto o filme “Yuri U Xëatima Thë – A Pesca com Timbó”, em que ambos foram frutos de uma oficina de montagem audiovisual organizada em 2022, pela Aruac Filmes em parceria com a Hutukara Associação Yanomami (HAY) e ao Instituto Socioambiental (ISA).

Outros filmes com temática indígena no Olhar de Cinema

A temática indígena está sempre presente nas edições do Olhar de Cinema e nesta 12º edição, além de “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, também fazem parte da programação a produção “Kanau’Kyba – Kaminho das pedras em Wapitchana” , documentário dirigido pelo artista visual Wapichana Gustavo Caboco, também na Mostra Competitiva Brasileira, que faz uma conexão entre o incêndio ocorrido no Museu Nacional em 2018, no Rio de Janeiro, e a descoberta da Pedra do Bendegó, em 1784, na Bahia, afirmando que há narrativas que não se podem apagar. Há também o documentário “A Invenção do Outro”, dirigido por Bruno Jorge e dentro da Mostra Exibições Especiais, que acompanha uma das maiores expedições recentes da Funai, realizada em 2019, para promover o reencontro entre um grupo de indígenas isolados da etnia Korubo e membros dessa família.

A parceria com o RIDM – Rencontres internationales du documentaire de Montréal, na Mostra Foco, também trouxe filmes com a questão sob outra perspectiva, com os nativos norte-americanos. São quatro títulos que falam da conexão com a terra e com as tradições.

 

“Katatjatuuk Kangirsumi (Cantos Guturais em Kangirsuk)” se passa em meio à vasta e branca paisagem de um vilarejo ao norte do Québec, onde as figuras de duas mulheres que se afrontam, ao mesmo tempo que se escoram. “Manitushiss (Vírus)” tem a pandemia como ponto de partida e tece uma contundente crítica à nossa relação com a Mãe Terra, invocando o direito de nos defendermos contra uma humanidade que se tornou destrutiva e tóxica.

“Kassinu” intercala dois testemunhos intergeneracionais: o da cineasta Uapukun Mestokosho McKenzie, que sensorialmente evoca suas origens, e o de Al Harrington, que desafia as autoridades com uma greve de fome. Cada qual à sua maneira, eles fazem apelo a duas causas profundamente conectadas: a ambiental e a indígena. Já Milikᵘ “Tshishutshelimunuau (Conceda-me Sua Confiança)” acompanha os bastidores da campanha eleitoral de um candidato de origem indígena a um cargo político em uma pequena comunidade do Québec.

Os curtas-metragens brasileiros estarão disponíveis na plataforma Itaú Cultural Play, do dia 20 ao dia 4 de julho e poderão ser acessados gratuitamente em todo território nacional.

Confira a programação completa do festival e acompanhe as novidades por meio do site oficial www.olhardecinema.com.br e pelas redes sociais:  Instagram (@olhardecinema) e Tiktok (@olhardecinema).

Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba é um dos mais importantes festivais do Brasil dedicados à sétima arte e já recebeu mais de 1000 produções cinematográficas, levando 200 mil pessoas aos cinemas. O patrocínio da 12ª edição é do Itaú, Uninter, Peróxidos do Brasil e Sanepar. A produção é da Grafo Audiovisual, com realização do Ministério da Cultura – Governo Federal – Brasil União e Reconstrução, e com o apoio do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Consulte sempre a classificação indicativa.

Serviço:
12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
Data
: 14 a 22 de junho de 2023
Ingressos pelo site oficialwww.olhardecinema.com.br
Instagram: www.instagram.com/Olhardecinema
TikTok: https://www.tiktok.com/@olhardecinema
Produção: Grafo Audiovisual
Patrocínio: Itaú, Uninter, Peróxidos do Brasil e Sanepar
Realização: Ministério da Cultura – Governo Federal – Brasil União e Reconstrução; Projeto realizado com o apoio do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

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